segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Pai Nosso - uma oração que delega poder

Esta não é uma oração para ser rezada em velório
É uma oração de poder e por isso é perigosa!



Uma das particularidades da Oração do Pai Nosso, tal como ensinada pelo Cristo, é que nela, aquele que ora não se comporta como um agente passivo. Aquele que ora, segundo esta oração, não está limitado a pedir. A oração lhe confere poder. Esse ponto passa batido pela maioria dos que oram. Quem ora não está pedindo, se desmanchando em lágrimas. Basta prestar atenção no tempo verbal utilizado logo no início: “Seja feita a tua vontade” – o sujeito desta oração – literalmente falando – está usando o imperativo; Faça-se! Seja feita! Aconteça! Ele não está dizendo – como em outras orações – ó senhor se tu quiseres, permita por favor que a sua vontade possa derramar-se sobre a terra. Você – que ora – está dando uma ordem. Esta é a primeira particularidade.

Em seguida, aquele que ora – passa a proferir um dos maiores princípios do Universo: assim na terra como nos céus. Aquele que ora, diz a Deus como ele quer que aconteça esta realização da vontade. É muito poder. Nós primeiro ordenamos ao Universo que a vontade seja feita e em seguida dizemos como queremos que isso aconteça. Faça-se isso desta maneira! É muito poder a nós conferidos.

Assim na terra como nos céus – é o mesmo que dizer assim aqui em baixo como lá em cima. Quer dizer ordenamos que algo acontecesse de maneira que "aqui" ficasse igual ao “lá”. O princípio é aquele que diz: “O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está em baixo”.

Continuamos orando. Pedimos que se nos dê o pão de cada dia – o que parece ser uma contradição. Começamos ordenando. Começamos dando ordem e agora já estamos pedindo que Ele não nos deixe faltar o pão. É uma contradição. O pão já está dado. O pão está garantido para todos. É o que Cristo diz no mesmo capítulo, mais adiante: não fiqueis preocupados com o que vão comer, com o que vão beber, com o que vão vestir. E finaliza dizendo que Deus sabe de tudo o que você necessita. Conhece toda as necessidades. Por isso não necessita pedir. O espírito desta oração é de poder. O poder seu. Que ninguém lhe dá, ninguém lhe tira e para isso basta que você assuma dê ordem.

Logo depois daquela parte onde nos humilhamos pedindo pão; que não nos deixe, por favor faltar o pão, nós reassumimos nosso direito de nascimento e voltamos a dar instruções a Deus. Se eu fiz alguma besteira, se eu cometi algum pecado, se eu errei me perdoe! É isso, me perdoe! Perdoe as minhas dívidas. Perdoe os meus débitos. Mas como? É como se Deus perguntasse – como eu vou te perdoar? Eu não sei perdoar. Me diga como você quer que eu te perdoe. Então nós dizemos a Deus o inesperado. Dizemos o impensável. Dizemos o que há de mais ousado para um humano dizer a Deus: perdoe-me, perdoe minhas dívidas, perdoe meus deslizes assim como eu perdoo, assim como nós perdoamos os nossos devedores!

Esta é a segunda particularidade da oração mais perigosa do mundo
Porque, e se você não perdoa os seus devedores? Seus ofensores? Blasfemadores? Como vai você ousar jogar na cara de Deus, bater no peito, em uma oração, e dizer: Assim como eu perdoo! Portanto essa oração não foi feita para ser orada sem pensar em velório e em outras horas afins. É uma oração onde você ordena o tempo todo. E nela está contida a lei universal de sua responsabilidade. Você está no comando.

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Um comentário:

Daniela Valiente disse...

Que belo olhar as coisas! Adorei