sábado, 16 de janeiro de 2010

Jornadas às fontes do Rio Iguaçu: no Rastro da Galáxia

As Cataratas do Iguaçu é um dos lugares mais bonitos do mundo. Fontes espirituais parte da nova espiritualidade afirmam que as Cataratas estão ligadas ao Sol Central da Galáxia e que nelas (nas Cataratas) estão contidos os códigos do Paraíso. Se existisse o paraíso, se a terra fosse um paraíso, onde a gente poderia encontrar os códigos (modelos, "emplates") desse paraíso para reproduzi-lo em outra parte? A reposta seria nas Cataratas do Iguaçu.

Falando em Galáxia e Cataratas, lembramos que os Guarani chamam a Via Láctea de Tapirapê ou Tapi’irape (mbyá). A palavra pode ser dividida no meio. “Tapir” significa anta e “rapê” ou tape significa “caminho”. Assim a Via Láctea é o rastro da anta, é o caminho da anta. Para quem observa da terra, consciente de que é uma ilusão de ótica, a “Tapirapê” parece viajar do litoral paranaense para as Cataratas. Da Serra do Mar para as Cataratas.

Por coincidência, é o trajeto que o rio Iguaçu faz, da Serra do Mar para as Cataratas. Do Leste para o Oeste. Era assim que os guarani se orientavam quando seguiam o “Tapê Aviru” – o caminho estreito mas bem definido que entrou no nosso vocabulário hispano-português como “o peabiru” que partia de vários pontos do Leste para o Oeste. Nesta viagem, eu acompanharei os participantes para refazermos esse trecho que já viajamos tantas vezes: Foz do Iguaçu – Curitiba e depois o caminho da volta, lembrando desses detalhes do passado antropológico e da arqueoastronomia guarani que são nosso patrimônio. A BR 277 uma espécie de “novo peabiru” também viaja de Leste para Oeste serpenteando sobre a crosta da terra seguindo o traçado da Galáxia.

O rio Iguaçu não nasce em lugar nenhum com este nome. Milhares de nascentes e pequenos rios ainda nascem livres e se não forem captados (por represas) nos primeiros quilômetros de suas vidas, irão se tornar afluentes e formadores do Rio Iraizinho, do rio Iraí, do rio Piraquara entre outros que mais tarde, a partir do encontro – infelizmente poluído do rios Iraí e Atuba - passarão a ser chamados de Iguaçu. Aqui há um local conhecido por Marco Zero do Rio Iguaçu.

Nesta viagem vamos subir a Serra do Mar para vermos a grandiosidade da região Natural que hoje é ocupada por Curitiba e RMC. No Morro do Canal (foto) em Piraquara, lugar escolhido desde o início, para a realização de uma cerimônia das águas, se pode ver todas as águas, hoje captadas por Lagos da Sanepar para matar a sede de Curitiba e RMC e que, de um jeito ou de outro, sujas, ou limpas, chegarão às Cataratas do Iguaçu, ao rio Paraná, ao Rio de la Plata. Como vamos nos mover com o coração aberto e de maneira meditativa estaremos trabalhando pela cura de todos os males que afetam ao “todo”. É uma viagem de encontro e amor com o rio Iguaçu, das áreas de mananciais até a Foz. Exploraremos a região de mananciais conhecendo e desfrutando áreas dos municípios de Curitiba, Piraquara e Quatro Barras em um primeiro momento. Podemos refazer trechos percorridos durante a minha pesquisa na região que inclui descer à serra e sermos acolhidos em Morretes. Uma sugestão interessante é conhecer o Caminho de Itupava (Foto) na região de influência do caminho original do Peabiru e ligado à nossa história tanto de erros como de acertos. E no caminho fazer uma parada especial aqui no Oratório dedicado ao Anjo da Guarda, aos amparadores, àqueles que se mantêm ao nosso lado durante 24 horas por dia, à nossa disposição, exreendo uma economia d solidariedade e da fraterinidade verdadeira, universal e cósmica apesar de nossa desatenção promovida pela ilusão.

O rio Iguaçu tem ainda outro Marco Zero interessante tanto por seu valor da neo-espiritualidade como por sua importância histórica, cultural e paisagística. É a cidade de Porto Amazonas onde o rio Iguaçu passa a ser navegável. Falamos do Marco Zero da Navegação do Rio Iguaçu. Cidade histórica e que por muito tempo viveu do rio, nos chama a atenção e oferece a oportunidade de que em um passseio pelas águas do rio nesta latitude possamos audar o rio e a população local ajudando na cura desse rio tão importante, sofrido e ameaçado. Leia este texto do artista Daniel Caron

Observação:

O Centro de Atividades não organiza as excursões. Nós damos as linhas gerais do que se quer, como se quer e como deve ser. Todos os preparativos são organizados por agência de viagem e profissionais competentes. Parte do valor pago pelos participantes é repassada ao Centro de Atividades para que possa manter suas “atividades”.

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